As
competições de Olimpíadas de Matemática tiveram início em 1894,
na Hungria, quando foi realizada uma prova entre os concluintes do
segundo grau no país, em homenagem a um famoso professor de
matemática húngaro que havia sido nomeado como ministro da
educação. É interessante notar que, mesmo depois de 100 anos do
início das competições de olimpíadas de matemática, o formato
original das provas (um dia de prova com cinco questões ou dois dias
de provas cada um com três questões) e o conteúdo (80% das
questões sendo de geometria plana, teoria dos números e
combinatória) se mantêm iguais até hoje em praticamente todos os
países que possuem olimpíadas de matemática nacionais.
A Olimpíada Internacional de
Matemática é sem dúvida a mais importante competição
internacional de matemática, realizada desde 1959. Participam dessa
competição cerca de 100 países de todo o mundo, representados por
equipes de até 6 estudantes do ensino médio ou que não tenham
ingressado na Universidade ou equivalente na data da celebração da
Olimpíada.
Desde 1979 (quando o Brasil
participou pela primeira vez) 7 brasileiros conquistaram medalha de
ouro na Olimpíada Internacional de Matemática:
·
Nicolau Corção Saldanha (RJ) (1981)
·
Ralph Costa Teixeira (RJ) (1986 e 1987)
·
Carlos Gustavo Tamm de Araújo Moreira (RJ) (1990)
·
Artur Avila Cordeiro de Melo (RJ) (1995)
·
Rui Lopes Viana Filho (SP) (1998)
.
Gabriel Tavares Bujokas (2005)
.
Henrique Pondé de Oliveira Pinto (2009)
A Olimpíada Brasileira de
Matemática (OBM) é realizada desde 1979 e tem como principal função
selecionar os alunos que vão representar o Brasil nas diversas
olimpíadas internacionais (Internacional, Iberoamericana, etc) que
são disputadas. A OBM teve vários formatos ao longo dos anos. De
1979 até 1989 era disputada em uma única fase (uma prova contendo
cinco ou seis questões discursivas) e não era separada em níveis,
fazendo com que seus premiados fossem todos do Ensino Médio (na
época chamava-se de Segundo Grau). Em 1990 a OBM passou a ser
realizada em duas fases (uma primeira fase com 20 ou 25 questões
objetivas e uma segunda com seis questões discursivas) e dois
Níveis: OBM Sênior (alunos do Ensino Médio) e OBM Jr. (alunos do
Ensino Fundamental). Em 1998 tivemos outras alterações. A OBM
passou a ser separada em três Níveis: Nível 1 (6º e 7º Anos do
Ensino Fundamental), Nível 2 (8º e 9º Anos do Ensino Fundamental)
e Nível 3 (Ensino Médio); e passou a ser disputada em três fases:
1ª Fase (prova objetiva com 20 ou 25 questões), 2ª Fase (prova
discursiva com seis questões) e 3ª Fase (prova discursiva com 5 ou
6 questões).
A Olimpíada Paraense de Matemática
Algumas Olimpíadas de Matemática já foram realizadas no estado do Pará na década de 80, porém com um número de participantes muito pequeno. Em geral, as olimpíadas desta época eram utilizadas para classificar os alunos paraenses que participariam da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), que em meados dos anos 80 possuía somente uma única fase. No início da década de 90 a realização destas olimpíadas foi interrompida, e por muitos anos o estado do Pará ficou sem uma olimpíada estadual e sem participar da OBM, somente com alguns colégios mais tradicionais (por exemplo o Colégio Nazaré) realizavam olimpíadas internas.
Em 1997, por iniciativa do
prof. Leonardo Matteo D'ório (coordenador regional) a OBM voltou a
ser aplicada no estado do Pará. Foram cadastrados por volta de 10
colégios, sendo que nesta época tivemos mais ou menos uns 500
alunos participando da OBM. Em 1999 o Pará ganhou mais um
coordenador regional, prof. João Libonati, aumentando a capacidade
de trabalho na divulgação da OBM. Por motivos particulares, no
início de 2000 o prof. Leonardo Matteo D'ório transferiu seu cargo
de coordenador regional para o prof. Marcelo Rufino de Oliveira, que
desde então vem aplicando as provas da OBM no Pará.
Em 2000, por iniciativa da
professora Ana Lúcia Carlos da Silva, a Universidade Federal do Pará
(UFPA) organizou a I Olimpíada Paraense de Matemática (OPM),
envolvendo aproximadamente 700 alunos, revitalizando a competição
regional de matemática. Foram premiados 20 alunos, 14 do ensino
médio e 6 do ensino fundamental. É impossível negar que a idéia
da realização da OPM veio no rastro dos excelentes resultados
alcançados pelos alunos paraenses na Olimpíada Brasileira de
Matemática em 1998, 1999 e 2000, onde foram conquistadas duas
medalhas de bronze e duas menções honrosas, todas no Nível 3. Em
2001 o aluno Paulo Ribeiro de Almeida Neto (medalha de bronze na OBM
2000) tornou-se o primeiro aluno paraense a participar da seletiva
brasileira para a Olimpíada Internacional de Matemática. Para o ano
de 2001 sentiu-se a necessidade da criação de uma Comissão
Organizadora da Olimpíada Paraense de Matemática, composta de
professores da UFPA e de colégios federais, particulares e estaduais
de Belém. Esta Comissão é responsável pela divulgação da
Olimpíada, elaboração e correção das provas.
Desde então a OPM vem
crescendo de forma vertiginosa. Em 2001 (possuindo o apoio da Seduc)
por volta de 3000 alunos participaram da II OPM e em 2002
aproximadamente 2500 alunos participaram da III OPM. Em nível
nacional, o aluno Paulo Ribeiro de Almeida Neto ganhou mais duas
medalhas de bronze na OBM, em 2001 e 2002, participando mais duas
vezes também da seletiva brasileira para a Olimpíada Internacional
de Matemática e Iberoamericana. Em 2002 o Pará alcança suas
primeiras premiações de Nível Fundamental. O aluno Matheus de
Mello Assunção foi premiado com Menção Honrosa no Nível 1 e os
alunos Rodrigo Santana e Flaviano Ramos foram premiados
respectivamente com Medalha de Bronze e Menção Honrosa, ambos no
Nível 2. Rodrigo e Flaviano também participaram da Seletiva
Brasileira para a Olimpíada de Matemática do Cone Sul de 2003,
realizada no Peru. A grande novidade de 2003 foi a inédita premiação
de uma aluna paraense do interior do estado. Plícia Maciel Carvalho,
da cidade de Redenção, sul do estado do Pará, ganhou menção
honrosa no Nível 2. Em 2003 também tivemos a premiação pela
primeira vez que alunos paraenses no Nível Universitário. Estillac
Borges Filho (que cursava o segundo ano do ITA) e Márcio Rodrigo
Pinheiro (que cursava o quarto ano de Licenciatura em Matemática na
UFPa) foram premiados com menção honrosa e medalha de bronze,
respectivamente.
Desde 1997, quando a OBM voltou a ser aplicada no Pará, os seguintes alunos, oriundos de escolas paraenses, já foram premiados:
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Wayne de Paula (1998-Nível 3) – Menção Honrosa.
·
Adenilson Bonfim (1999-Nível 3) – Medalha de Bronze.
·
Maurício Paiva (2000-Nível 3) – Menção Honrosa.
·
Paulo de Almeida Neto (2000, 2001 e 2002-Nível 3) – 3 Medalhas de
Bronze.
·
José Luiz Gomes Jr. (2001-Nível 3) – Medalha de Bronze.
·
Estillac Borges Filho (2001-Nível 3 e 2003-Nível U) – 2 Menções
Honrosas e (2005-Nível U) 1 Medalha de Bronze
·
Arthur Scalércio (2001-Nível 3) – Menção Honrosa.
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Diego Silva Dias (2001-Nível 3) – Menção Honrosa.
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Léo Tsukui (2001-Nível 3) – Menção Honrosa.
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Matheus Assunção (2002-Nível 1) – Menção Honrosa.
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Rodrigo Santana (2002-Nível 2) – Medalha de Bronze.
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Flaviano Ramos (2002-Nível 2) – Menção Honrosa.
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Plícia Carvalho (2003-Nível 2) – Menção Honrosa.
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Márcio Rodrigo Pinheiro (2003-Nível U) – Medalha de Bronze.
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Flávio Henrique Stakoviac (2005-Nível 3) - Menção Honrosa
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Yuri Santana do Carmo (2006-Nível 2) - Menção Honrosa.
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Leandro Lyra Braga Dognini (2006-Nível 2) - Menção Honrosa.
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Henrique Luan Gomes Pereira Braga (2010-Nível 2) - Menção Honrosa.
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Lucas David Noveline (2010-Nível 2) - Menção Honrosa.
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Murilo Leão Pereira (2010-Nível 2) - Menção Honrosa.
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Isaque Santa Brígida Pimentel (2010-Nível U) - Menção Honrosa.